sei de um gato
que passou a vida
pensativamente
á janela
bem interrompia
esses momentos
de aturada
reflexão
e num àpice
bebia aquele leite
meio-gordo
que o espetro
da sua dona
religiosamente
todos os dias
da sua vida
lhe abastecia
a tigela
e cada um
é para o que nasce
uns deviam ser gatos
outros não.
Lisboa, 29 de Março de 2014
Carlos Vieira
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