sexta-feira, 28 de março de 2014

Enquanto chove...

Enquanto chove
à mulher ocasional
ouço-lhe todo o rosário
de lamentações
que a todos corrói
no abandono do quintal
em simultâneo
oiço toda a manhã
os pingos de chuva
na bacia de esmalte
em requiem de fundo.

Lisboa, 28 de Março de 2014

Carlos Vieira

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