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sábado, 29 de março de 2014

Coisas


há coisas que vão ficando 
fotografias   louças   contas antigas 
                            não sei 

debruçámo-nos tanto 
sobre a minúcia do quotidiano 
       que o dia a dia excedeu as nossas vidas 

não sei como resiste o que perdura 

olho o telefone de coração na boca 
e aponto coisas para não me esquecer 

Luís Amorim de Sousa, in 'Nadar no Escuro"