Mostrar mensagens com a etiqueta Golgona Anghel. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Golgona Anghel. Mostrar todas as mensagens

sábado, 11 de janeiro de 2014

É sábado e eu


Acordo em forma de cubo de gelo.
A minha cabeça é uma cúpula de cristal,
onde o Mourinho decidiu introduzir
no último minuto do jogo,
uma vuvuzela.
No intervalo, sou levada num trenó
por uma horda de cães da Sibéria.
Perco um chinelo pelo caminho.
Fico sem bateria no telemóvel.
E no momento preciso em que consigo,
por fim, segurar as rédeas
e encontrar um horóscopo
no bolso do pijama,
resolvem tocar à campainha e fico
minutos a fio a tentar perceber
como é que funciona o raio do intercomunicador.
Passo o ponto alto do dia agarrada aos botões,
sem saber, no fim, o que é que queriam:
a leitura do gás ou a dica da semana.

Golgona Anghel