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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

O mar dos meus olhos


Há mulheres que trazem o mar nos olhos
Não pela cor
Mas pela vastidão da alma
E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos
Ficam para além do tempo
Como se a maré nunca as levasse
Da praia onde foram felizes
Há mulheres que trazem o mar nos olhos
pela grandeza da imensidão da alma
pelo infinito modo como abarcam as coisas e os homens...
Há mulheres que são maré em noites de tardes...
e calma
Sophia de Mello Breyner Andresen (Porto, 6/11/1919 – Lisboa, 2/7/2004)

domingo, 21 de agosto de 2016

O vazio desenhava desde sempre


O vazio desenhava desde sempre a forma do teu rosto
Todas as coisas serviram para nos ensinar
ardente perfeição da tua ausência
Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Porque pertenço à raça...

"Porque pertenço à raça daqueles que mergulham de olhos abertos. E conhecem o abismo pedra a pedra, anémona a anémona, flor a flor."
Sophia de Mello Breyner Andresen