Em frente
à minha janela
as aranhas teceram
em silêncio
uma enorme armadilha
de fios de luz
à volta
do pinheiro alpino
eu e os pássaros
ficámos reféns
daquela teia
e da enorme
sombra verde
eles entoam
à desgarrada
cantigas de protesto
eu escrevo as letras.
Lisboa, 10 de Março de 2014
Carlos Vieira
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