Não sabe onde
te perdeu
nem porquê
que palavra te doeu
ou ficou por dizer
talvez o olhar
que não cuidou
ou distante
te esqueceu
que gesto te magoou
quando julgava
que te abraçava
foi a distância
ou a sua urgência
foi um beijo breve
que quiseste
mais quente
foi a demora
ou não querer
dizer-te que não
foi esquecer
ou a sofreguidão
amar-te
foi não saber
que existes
num momento
e num espaço
que não podes
compreender
ou que te perdes
apenas
por respirar.
Lisboa, 29 de Março de 2014
Carlos Vieira
Sem comentários:
Enviar um comentário