domingo, 23 de março de 2014

Sinais sem tempo

Sublinho
os traços 
imperceptíveis
as palavras 
engolidas 
em seco
os gritos presos 
na garganta
o sorriso dúctil 
e efémero
a cor desgastada 
da tinta 
nos escombros
após a passagem 
do tempo 
e da intempérie
aquele esgar
de esforço inútil 
gosto 
de um fruto 
esquecido
de um amor
do qual não reza 
a história.

Lisboa, 23 de Março de 2014
Carlos Vieira

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