terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Tempo morto



Traz da sua infância 
o cheiro podre das maçãs
e a precariedade
dos pêssegos
de onde recupera 
o tema da eternidade
do fruto proibido
ele nunca soube amar
por isso sobreviverá
pois para ele
o tempo nunca existiu
e só ele quando
chegar o momento
poderá olhar de frente 
a morte.

Lisboa, 4 de Fevereiro de 2014
Carlos Vieira

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