Traz da sua infância
o cheiro podre das maçãs
e a precariedade
dos pêssegos
de onde recupera
o tema da eternidade
do fruto proibido
ele nunca soube amar
por isso sobreviverá
pois para ele
o tempo nunca existiu
e só ele quando
chegar o momento
poderá olhar de frente
a morte.
Lisboa, 4 de Fevereiro de 2014
Carlos Vieira
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