- Mãos no ar! Isto é um assalto!
A empregada do balcão obedeceu prontamente, olhou aquele homem de gorro e máscara, a arma poderia ser um brinquedo de miúdos, era Fevereiro, Carnaval. Os seus óculos graduados começaram a ficar embaciados e uma gota de suor descia-lhe pelo lado esquerdo do rosto.
O assaltante aproximou-se de si, apenas para a revistar, foi então que reconheceu aquele perfume e desmaiou, caindo de novo nos braços do único ladrão que a roubou na vida.
Ouviu-se o estâmpido de um tiro, um disparo acidental e o estrépito da arma caída a deslizar no chão imaculado do azulejo.
Lisboa, 22 de Fevereiro de 2014
Carlos Vieira
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