Entre a margem do rio
e a orla da floresta
chove sobre os garranos
a trote
de vez em quando
o meu coração dá coices
com o lápis de carvão
com que escrevo
tomou o freio nos dentes
entre mim
e o vapor do aroma que exala
da chávena de café
vislumbro pássaros e peixes
em alegre concupiscência
à rédea solta
outros mais vulneráveis
e dóceis
fazem o volteio
no picadeiro.
Lisboa, 7 de Fevereiro de 2014
Carlos Vieira
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