sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A arte de bem cavalgar toda a sela



Entre a margem do rio 
e a orla da floresta
chove sobre os garranos 
a trote

de vez em quando 
o meu coração dá coices
com o lápis de carvão 
com que escrevo
tomou o freio nos dentes

entre mim
e o vapor do aroma que exala 
da chávena de café
vislumbro pássaros e peixes
em alegre concupiscência 
à rédea solta

outros mais vulneráveis
e dóceis
fazem o volteio
no picadeiro.

Lisboa, 7 de Fevereiro de 2014


Carlos Vieira

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