Sóbria
quase nua
quase nada
só
silêncio
tanto silêncio
som breve
quase voz
quase pó
que se levanta
só
perfume
só o teu perfume
voo sereno
quase ave
quase flor
que se abre
que se confessa
treme
a tua mão delicada
treme
a tua pele
fecham-se
os teus olhos
tremo
como vou
poder
possuir-te
se está ausente
como posso viver
sem metade de ti.
Lisboa, 16 de Fevereiro de 2014
Carlos Vieira
Sem comentários:
Enviar um comentário