Gosto do nome
das famílias
e das ordens
dos insectos
daquela subtil
organização
do seu mundo.
De lhe ver
correr o sangue
umas vezes verde,
outras, azul,
em função
da dieta vegetal
ou de dose
demasiada de céu.
De observar
o seu coração pulsar,
umas vezes cheio
e outras no vazio.
Gosto do seu olhar
poliédrico
a decifrar
os matizes
do mundo.
Das antenas
e asas a vibrar
em épocas de cio.
Dos seus voos
de planta em planta
das suas transações
com as flores.
Gosto
que os insectos
sem excepção,
tenham uma ordem
e uma família.
Está dito
não gosto de parasitas.
Lisboa, 19 de Fevereiro de 2014
Carlos Vieira
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