sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Son(h)o interrompido



Eram 3h47 da manhã, rezava o vermelho digital do despertador. Não sei se o sono foi interrompido pela insónia, se pelo assobio criado pela ventania no ricochete das empenas, se pela caixa de música e de fantasmas penduradas no estendal da marquise.
Não sou médico, nem psiquiatra mas parece-me relevante saber, por que razão não dormimos ou porque nos mantemos acordados, se temos esqueletos no armário, se é apenas o vento nos contrafortes das esquinas ou se deixaram de nos embalar os fantasmas que criámos.

Lisboa, 7 de Fevereiro de 2014

Carlos Vieira

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