Eram 3h47 da manhã, rezava o
vermelho digital do despertador. Não sei se o sono foi interrompido pela
insónia, se pelo assobio criado pela ventania no ricochete das empenas, se pela
caixa de música e de fantasmas penduradas no estendal da marquise.
Não sou médico, nem psiquiatra mas
parece-me relevante saber, por que razão não dormimos ou porque nos mantemos
acordados, se temos esqueletos no armário, se é apenas o vento nos contrafortes
das esquinas ou se deixaram de nos embalar os fantasmas que criámos.
Lisboa, 7 de Fevereiro de 2014
Carlos Vieira
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