Eu e os insectos
é um amor recente.
Aliás, familiarmente,
eram sujeitos
e condenados,
a constante repulsa
e segregação,
nem todos
felizmente,
é bom que se saliente.
Nem por influência
de Darwin
que é cientista
que aprecio,
considerando
as sua teorias da evolução,
senti por aqueles
particular admiração.
O que é certo
é que despertou
em mim,
este amor tardio
esta atenção
pelos pequeno seres
desprotegidos.
Talvez
a sua delicadeza
não excessiva,
a geometria
das suas silhuetas,
o rumor da sua voz.
E a voz
é um belo instrumento
quantas vezes
me deixa sem fala,
não se ouve
nem uma mosca.
Os insectos
e a surpresa
dos lugares
onde com eles
nos deparamos,
por vezes
os únicos companheiros
de solidão.
Concedo
que possivelmente,
tudo isto esteja relacionado
com o facto de hoje,
estarmos mais atentos,
mais sensíveis,
mais libertos de ilusões
e só agora
os “percevejamos”!
Lisboa, 19 de Fevereiro de 2014
Carlos Vieira
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