terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Pequena assombração em três actos



Primeiro acto
uma caixa imóvel
perrmanece
sobre a mesa
fechada
uma esperança
de luz.

Segundo acto
aceso 
o fósforo
a tua mão
da corrente de ar
protege a chama
acaricia a luz.

Terceiro acto
a luz brilha em duplicado
nos teus olhos
neles se acende
a flor áurea de mistério
que se espalha
pelo lado esquecido
do teu rosto
cercado pela noite.

Lisboa, 11 de Fevereiro de 2014
Carlos Vieira


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