domingo, 16 de fevereiro de 2014

Excerto de " O Sono" de Murakami

Desde que deixara de conseguir dormir, começara a perceber até que ponto a realidade podia ser banal. Vendo bem, não passa disso mesmo: é apenas a realidade. Logo, fácil de manusear. O trabalho de casa, a mesma história. Como uma máquina: uma vez que se sabe pô-la a funcionar, depois é só questão de repetir os mesmos gestos. Carregar naquele botão, puxar aquela alavanca. Ajustar o termóstato, fechar a tampa, regular o temporizador.


Haruki Murakami, Sono

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