domingo, 25 de maio de 2014

zona de perigo


a morte
espreita
a cada esquina
um pequeno
descuido
e morre-se
estar de olhos
bem abertos
é matar
ou morrer
não pestanejar
no momento
de atirar
quem poupa
o inimigo
às mãos 
lhe morre
devemos
ser sagazes
não descurar
o mínimo sinal
aqui impera
a lei da selva
neste lugar
não existe
o cinzento
quando
muito 
o cor de rosa
pálido
e uma mancha
vermelha
de sangue
que alastra
silenciosa
vencendo
o amor
afogando
a poesia

Lisboa, 24 de Maio de 2014
Carlos Vieira



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