A sua mão
na chávena de café
de porcelana
a outra mexe
o açúcar mascavado
não existe um pingo
de misericórdia
para o derramado
olhar da sua solidão
bebe todo
o veneno de um trago
e vai-se embora
sem pestanejar
ficou apenas
a pairar
uma ausência
de lâminas
no seu lugar.
no seu lugar.
Lisboa, 2 de Maio de 2014
Carlos Vieira
“Automat” de Edward Hooper
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