Lanternas chinesas
no arraial
pássaros de origami
ao sabor
da brisa primaveril
um bailado hexagonal
festa de poemas
de vida efémera
onde ardem
em pavios
por uma noite
almas censuradas
uma chama interior
papagaios
e balões de papel
que sonham
despenhar-se
das estrelas e do céu
amarrados
a versos e estribilhos
por um cordel
à espera
que o fogo
daí a instantes
os liberte
deste espartilho
das sombras
bruxuleantes
desta mão invisível
que nos tutela.
Lisboa, 18 de Maio de 2014
Carlos Vieira
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