quero um poema
que abarque
o teu sorriso puro
de alumiar
o fim da nossa primeira noite
e que ao mesmo tempo
tenha um pé
na madrugada de um futuro
naquilo
que pensávamos
poderia ser sorridente
e do alto da gávea
de um verso
pudesse avistar
a poente
o regresso da tua silhueta
e na náusea da espera
poderá pousar
a bordo da poesia
a ave
de uma secreta alegria
com que me ensinaste
a vencer a grande e a pequena
tempestade
Lisboa, 16 de Maio de 2014
Carlos Vieira
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