o córrego
já só existe
para mim
no sulco
da poesia
tento ainda
agora ouvir
a sua melodia
na noite triste
coincide
na insónia
dos canos
da água
da companhia
o desengano
vence-me
nem a sede
nem a solidão
é a mesma
Lisboa, 18 de Abril de 2014
Carlos Vieira
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