A manhã desperta
sobre o dorso de mármore
branco sujo
do chafariz pombalino
a minha mão mínima
da infância
pousada sob o rebordo
húmido
e macio da pedra
depois de páginas
e páginas de Júlio Verne
e de um qualquer
jogo da apanhada
a outra mão roda
a torneira de cobre
pelos meus lábios
subo aos céus
por aquela corda
de água
que apenas
de escutar-lhe
o canto
me sacia esta sede
de criança.
Lisboa, 11 de Abril de 2014
Carlos Vieira
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