Uma caneta
que não escreve
no momento
que o poema
aperta
Cães a ladrar
para espantar a noite
que aperta contra
a caneta
que não escreve
na noite
onde cães ladram
para espantar
a caneta
que não escreve
o poema
que aperta
que me aperta
E a caneta
que não escreve
E os cães a ladrar
para espantar
a noite
para espantar
a caneta que mesmo
assim não escreve
o poema
que aperta
Manuel A. Domingos, Teorias
que não escreve
no momento
que o poema
aperta
Cães a ladrar
para espantar a noite
que aperta contra
a caneta
que não escreve
na noite
onde cães ladram
para espantar
a caneta
que não escreve
o poema
que aperta
que me aperta
E a caneta
que não escreve
E os cães a ladrar
para espantar
a noite
para espantar
a caneta que mesmo
assim não escreve
o poema
que aperta
Manuel A. Domingos, Teorias
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