sábado, 25 de janeiro de 2014

Os meus fantasmas

Uma caneta
que não escreve
no momento
que o poema
aperta

Cães a ladrar
para espantar a noite
que aperta contra
a caneta

que não escreve

na noite
onde cães ladram
para espantar
a caneta
que não escreve
o poema

que aperta
que me aperta

E a caneta
que não escreve
E os cães a ladrar
para espantar
a noite
para espantar
a caneta que mesmo

assim não escreve
o poema
que aperta


Manuel A. Domingos, Teorias

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