Gosto de tiro ao arco, de sentir a madeira do punho, da tensão imperturbavel que antecede o soltar da corda, de observar a elegância do voo da seta, sabendo que na leveza das suas penas, leva o suor dos meus dedos.
Na instável maçã vermelha, vislumbro o pânico no olhar do filho de Guilherme Tell, guardo comigo, uma última seta na aljava, para defender o teu amor, uma ideia antiga de país, onde se pode ouvir o silvo das palavras em liberdade.
Lisboa, 25 de Janeiro de 2014
Carlos Vieira
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