quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O coração que nunca mais cresce



Desespera
de ser tão desastrado
nestas coisas do coração,
nas dos pulmões nem por isso
já são dez anos sem fumar.
De qualquer forma,
é indiferente.
Se o deixasses respirar,
se o coração lhe voltasse
a obedecer,
se só de olhar-te
deixasse de tremer,
se não te mandasse
passear,
por estar farto 
de te aturar,
se fosse
tudo ao contrário,
já não eras tu
nem era ele.

Lisboa, 30 de Janeiro de 2014

Carlos Vieira


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