Ele pousou
a mão
no teu ombro nu.
Ela sorriu
interiormente.
Ele compôs
com os dedos
o teu cabelo
desgrenhado.
Ela cruzou
sua mão
sobre o peito
e pousou
sobre a dele
que não via,
nas suas costas.
Ele segredou-lhe
algo ao ouvido
e não viu,
a progressão
da alegria
no rosto dela,
não podia ver.
Ela riu-se
e virou-se
de súbito
e tapou-lhe
a boca.
Ele beijou-lhe
os olhos
ternamente.
Ela abraçou-o
e ele levantou-a
do chão,
numa versão
de amar,
muito táctil
e substantiva.
Eles amavam-se,
o que era
perceptível,
para qualquer um
e, talvez por isso,
estavam
mais cegos.
Apenas
o seu cão guia
os observava
e gania
não se sabe,
se de impaciência
ou de contentamento.
Lisboa, 25 de Janeiro de 2014
Carlos Vieira
a mão
no teu ombro nu.
Ela sorriu
interiormente.
Ele compôs
com os dedos
o teu cabelo
desgrenhado.
Ela cruzou
sua mão
sobre o peito
e pousou
sobre a dele
que não via,
nas suas costas.
Ele segredou-lhe
algo ao ouvido
e não viu,
a progressão
da alegria
no rosto dela,
não podia ver.
Ela riu-se
e virou-se
de súbito
e tapou-lhe
a boca.
Ele beijou-lhe
os olhos
ternamente.
Ela abraçou-o
e ele levantou-a
do chão,
numa versão
de amar,
muito táctil
e substantiva.
Eles amavam-se,
o que era
perceptível,
para qualquer um
e, talvez por isso,
estavam
mais cegos.
Apenas
o seu cão guia
os observava
e gania
não se sabe,
se de impaciência
ou de contentamento.
Carlos Vieira
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