Pressinto as asas
do silêncio
a adejar no escuro
no tímpano da alma
sei de onde vens
para onde vais
ressoa o eco
dos passos
que não deste
a medição
geométrica do vazio
onde me encontro
na bissetriz
do meu desejo
contido
e da tua respiração
no perímetro
dessa ausência
dolorosa
que ouço
em silencioso
recolhimento.
Lisboa, 17 de Janeiro de 2014
Carlos Vieira
"Quietude Bleu au Chat" por Emile Bellet
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