na noite branca
segues
o barco sonâmbulo
pelo lençol de água
e deitas-te
com a lua vermelha
numa cama desfeita
onde dormes
a sonho solto
és o vagabundo
que sobe
a escada de luz
o espetro
que habita
a mansarda
e erras
no labirinto do sonho
enquanto a ave nocturna
pernoita
na árvore da insónia
entre as almofada
esperas
pelo tempo dos pirilampos
e a confundes
na madrugada
quando abraças
as cortinas da janela
ao julgares despi-la
a ela
na sua branca
camisa de noite
Lisboa, 20 de Janeiro de 2014
Carlos Vieira
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