segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Puro engano ou excesso de álcool



na noite branca
segues 
o barco sonâmbulo
pelo lençol de água
e deitas-te 
com a lua vermelha
numa cama desfeita
onde dormes 
a sonho solto
és o vagabundo
que sobe 
a escada de luz
o espetro
que habita 
a mansarda
e erras 
no labirinto do sonho
enquanto a ave nocturna
pernoita 
na árvore da insónia
entre as almofada 
esperas 
pelo tempo dos pirilampos
e a confundes 
na madrugada
quando abraças
as cortinas da janela 
ao julgares despi-la
a ela 
na sua branca 
camisa de noite

Lisboa, 20 de Janeiro de 2014
Carlos Vieira























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