segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Ruídos de uma delicada burocracia



Oiço agora troçar
os pinheiro alpinos
insones
com seus rumores de prata,
neste fim de estação
vão-se despenhando
as flores etéreas
de um vago jardim
e os pássaros
com seus voos
de curto alcance
vão adiando a loucura,
são todos unânimes
contra os requerimentos
que vou alinhavando,
neste ofício
em que sou canhestro
manga de alpaca,
desesperado
entre o passado e o futuro
tantas vezes apátrida
do presente.

Lisboa, 8 de Setembro de 2014
Carlos Vieira


                                                     “Bureaucrat” de autor desconhecido

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