Tronco ressequido que ao lume se destina
onde ainda se reacendem despedidas
em pequenos afluentes de carvão e de resina
navegam palavras ávidas de encontros
onde se reabrem as antigas feridas
no lume brando e na memória cristalina
um unguento mágico que dos confrontos
da penumbra nos liberta e nos confina
árvore do pensamento que sonha o fruto
aves que são dilemas de flores e desencontros
e línguas de um fogo humano absoluto.
Lisboa, 16 de Outubro de 2012
Carlos Vieira
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