Descansou ali na cota mais alta
Caiu das nuvens do ombro fecundo
E assim sentado a ver o mundo
Estremeceu-lhe a repentina falta
E quanto mais o olhar no cimo se perdia
A curva da sua ausência era dor tamanha
Mais no perfume das ancas se envolvia
E lhe batia no peito o cume da montanha
Este homem que tão alto ascendeu
Que tão ingénua alegria à amada tece
Agora o medo do abismo desconhece
Porque o fogo do amor jamais esqueceu
Lisboa, 20 de Outubro de 2012
Carlos Vieira
Sem comentários:
Enviar um comentário