Palavras
substâncias
decompostas
grude de construir
a mobília
e a casa
constelação
de pequenos átomos
debaixo dela
vais dormir
nas noites
em que fojes dos dias
e aí forjas
essa argamassa
de tempo
de efémero
onde perpassa
o murmúrio
de um lençol de lava
de música vulcânica
e tu exortas
a voz interior
o deslumbramento
e o etéreo
fixas o pigmento
que perseguiste
após
o segredo
desencontrado
no pó das palavras
esquecidas.
Lisboa, 30 de Novembro de 2014
Carlos Vieira
Sem comentários:
Enviar um comentário