Sentiu-lhe o olhar como um apelo
do mar
a entrar por si a dentro
naquele equilíbrio
precário
sentiu o toque suave
da sua mão
o seu calor
como um rio que corre
desconhecido
dentro de si
depois viu-o afastar-se
o seu adeus
e o seu sorriso abandonados
como gaivotas
sem estação
sentiu crescer
um novo vazio dentro de si
terá percebido mais tarde
que no furto
da sua carteira
a destreza subtil
é a de enganar
a solidão.
Lisboa, 28 de Novembro de 2012
Carlos Vieira
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