Eis -me aqui
a multiplicar os pinos cambalhota
e as rodas
na serenidade
dos seus grandes olhos verdes
a sorrir nas pontes
vendo-a sair ilesa e de pés descalços
dos flic’s para trás e para frente
regressando a si
ao seu rabo de cavalo
à sua elegante desenvoltura
nesta girândola de acrobacias
puro poema do meu sangue
em movimento
e naquele momento
esqueci a ginástica do fim do mês
sem tapete
sem futuro
e tantos outros filhos
de equilíbrio instável.
Lisboa, 10 de Novembro de 2012
Carlos Vieira
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