Poderia ser
um peregrino
ao abrigo do silêncio,
na véspera da chuva
devorando pontes,
ajoelhar,
de ouvido no chão
escutando em toda a terra,
o bater do coração,
raízes de flores
e pássaros soltando-se das trevas.
Desconhecer,
se o que sente
é o seu canto, a sua pulsação
ou a sua humanidade.
Lisboa, 30 de Dezembro de 2012
Carlos Vieira
Foto de Flickr "Follow the voice of the forest"
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