errando pelo meu meio-dia
em pelo
animal
humano nos bolsos no silêncio e no vazio
dos princípios
vagabundo
de miragens e ideias rarefeitas e mais não digo
dada a dormência do frio
foge-se ao confronto
às nódoas negras e ficamos na anestesia local
do desemprego
marginal
que adia a sua entrega e aguarda o seu imposto
na fila do medo
escolhe a contragosto
o recanto mais escuro e a barba por fazer
e as lâminas da brisa
o calor do jornal
a tinta que difunde o embrenhado perfume
emaranhados nas entrelinhas da crise
não pensar
desfrutar a paisagem estreita e acolchoada
que passa ao lado do espaço e do tempo
Lisboa, 27 de Dezembro de 2012
Carlos Vieira
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