domingo, 21 de agosto de 2016

Árvore do fruto permitido


Uma a uma te desfolho
árvore do esquecimento
sem saber do teu nome
sei de ti no sangue incendiado
onde te afasto te escolho
abraço-te no pensamento
que me alegra e consome
és a sombra e a fome
que me consola e me cerca
mulher que me desperta
e a seguir me apunhala.
Lisboa, 15 de Maio de 2016
Carlos Vieira

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