O tempo
é a sombra do teu beijo
que rodopia
na pedra do espanto
é o mistério
e o lamento
da sua ausência
sobre o musgo macio
o realejo
do teu sexo
de onde brota um rio
alucinado
de onde submerge
o ponteiro
se ergue um mastro
que na voragem
do relógio solar
do teu corpo
vão assinalar
a viagem
e a eternidade
sobranceira
do alabastro
do teu seio.
Lisboa, 21 de Agosto de 2014
Carlos Vieira
“Le sein d’Amaranthe
de Yvan Lemeur
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