sábado, 23 de agosto de 2014

Poema para peixes de água-doce



hoje
fui junto do salgueiro
e preguei aos peixes 
que se acotovelavam
naquele braço de rio
como se fossem palavras
na urgência
de um poema
depois
fomo-nos todos embora
de barbatanas e mãos
a abanar

Lisboa, 22 de Agosto de 2014
Carlos Vieira

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