Na tua mão a pedra
era uma ave pronta para partir
agora a ave
é mão pousada
da mãe
sobre a pedra levantada
que grita
a tua eternidade
e faz perdurar nos teu lábios
o esfíngico sorriso
que venceu a morte
e que agora ela aviva
semanalmente
naquela foto a preto e branco
tenho a leve a impressão
que lhe parece ouvir
um rumor
o sopro
da ave da imortalidade
que a ela a faz renascer.
Lisboa, 22 de Agosto de 2014
Carlos Vieira
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