Toda a manhã
aguardou a visita
da palavra
que iluminasse
o objecto
onde pudesse
descobrir
o esplendor
residual
que as cristas
papilares
das suas mãos
implantaram
e assim
não seria difícil
reinventar
o seu perfume
no molde
daquele corpo
triste
que ainda
persiste
nos lençóis
imaculados
da memória.
Lisboa, 15 de Agisto de 2014
Carlos Vieira
Pintura de Claude Le Boul
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