segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Eixo Norte-Sul
Oiço o tráfego de regresso a casa
no Eixo Norte-Sul a horas mortas
não há nada de novo na frente ocidental.
Oiço gente que regressa a casa
mais morta do que viva no Eixo Morte-Sul
não é nada de novo na frente ocidental.
Oiço a longínqua e antiga frente ocidental
no tráfego do Eixo Norte-Sul
gente morta de cansaço de regresso a casa.
Oiço este tráfego de gente quase morta
que vai para a frente ocidental
para o hospital via Eixo Morte-Sul
Oiço o Eixo Norte-Sul dentro de mim
o diálogo de gente quase morta
lâmina do ocidente que leva tudo à frente.
Oiço o tráfego do Eixo Morte-Sul
A sua eternidade dia e noite na minha casa
e o número de baixas na frente ocidental.
A minha casa é a frente ocidental
é desta gente que a ela regressa
eixo de um poema e diálogo Norte-Sul.
Lisboa, 16 de Setembro de 2013
Carlos Vieira
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