sexta-feira, 11 de maio de 2012

Clarabóia


Abro uma clarabóia no poema que permite a luz entrar

e pode ainda fazer desabrochar a palavra mais sombria

cessando aquela sensação de falta de ar e de claustrofobia

pois se um dia as palavras forem a prisão que construímos

que possamos fugir pelo túnel e raízes do amor que cuidamos



Lisboa, 10 de Maio de 2012

Carlos Vieira



                             Clarabóia no cubículo das Estações; Catacumba de São Calisto, Roma


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