oh! o alperce
com sua penugem
de gato
em madrugadas sorrateiras
e os teus lábios húmidos
do sumo
delambido no meu peito
até te deteres
exausta de desejo
perante a inefável
mas sólida banalidade
de um caroço
às voltas na tua boca
a tua pele de ocre escuro
transitória penumbra
aparente quietude
de alperce ou de felina
que me espera
e que adivinho
iluminada
por detrás do seda
dos cortinados
Lisboa, 19 de Junho de 2014
Carlos Vieira
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