canto de pedra
bruta
que se esconde
que se esvai
pelas entranhas
da terra
que em ti se escuta
que em ti perdura
nas lágrimas
que moldaram
a gravidade
do teu busto
que aguarda
o nunca esquecido
vulto de um amor
que partiu
tão jovem
que não chegará
atrás da cortina
à janela da tarde
de cantaria
onde cresce
a flor que irrompe
a raiz do apelo
da alegria breve
que bate
no incógnito
coração do tempo
Lisboa, 23 de Junho de 2012
Carlos Vieira
“Waiting” por Shimoda7
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