Não sei como
foi que aqui chegou
E tendo
chegado já partiu
Sabendo o
que ganhou
Não sei o
que perdeu
Para onde
foi
O que encontrou
à sua espera
Não sabe quem
estará aqui
Nem será
aquilo que prometeu
E se um dia
regressar
Não será
mais ele
Aquele que
na dor viram partir
Ainda menos
aquele
Porque anseiam
Na esperança
do reencontro
E neste
deambular
Nesta errância
Estando tão
presente
Cegos estarão
todos
Quando chegar
De tocarem a
sua ausência
Abraçando o
país deserto.
Lisboa, 5 de
Junho de 2012
Carlos
Vieira
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