sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Morte súbita com flores


 
Morreu de uma apoplexia

abraçado a um ramo de flores

numa paragem de autocarro,

o passe social tornou-se inútil.

Ainda “era novo” o pobre

ou melhor dizendo,

apesar do cabelo branco

estava bem conservado.

Foi uma “morte santa”

sozinho e sem pré-aviso

partiu para o outro mundo.

Ia visitar “a falecida”

ao cemitério dos Prazeres.

Todos morremos

a caminho do cemitério,

e ainda novos,

quase sempre

levam-nos as flores.

 

Lisboa, 31 de Agosto de 2012

Carlos Vieira

 

                                                            “Amantes com Flores” Chagall

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