Morreu de uma apoplexia
abraçado a um ramo de flores
numa paragem de autocarro,
o passe social tornou-se inútil.
Ainda “era novo” o pobre
ou melhor dizendo,
apesar do cabelo branco
estava bem conservado.
Foi uma “morte santa”
sozinho e sem pré-aviso
partiu para o outro mundo.
Ia visitar “a falecida”
ao cemitério dos Prazeres.
Todos morremos
a caminho do cemitério,
e ainda novos,
quase sempre
levam-nos as flores.
Lisboa, 31 de Agosto de 2012
Carlos Vieira
“Amantes com Flores” Chagall
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