Homem estátua
Equilibrando-se imperturbável
Como se estivesse morto
Sem pestanejar
Como se o medo e a fome
não o inquietasse
Pisca o olho malicioso
a uma rapariga
E assusta sem carlos propósito
uma criança
E a vida continua
As moedas que caiem
no chapéu
dão corda ao empedernido
coração
do homem estátua
Nesta praça palco
simulacro
Onde os gestos
da ternura e gratidão
de vida vivida se imobilizaram
Ou se desaprendeu
de viver
Ou tratar-se-á de gente
que apenas estará
desempregada.
Lisboa, 1 de Maio de 2013
Carlos Vieira
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