a criança entra pelo souto
as castanhas são sonhos
e caiem nas linhas de água
frutos secos que se afogam
antes de verem a luz do dia
e se dormem sonos eternos
hão-de sonhar peixes de rio
vidas penduradas em anzóis
faiscando sangue e azul metal
e escamas e sorrisos e mãos
frágeis e os pequenos sóis
que resistem presos à linha.
Lisboa, 28 de Setembro de 2012
Carlos Vieira
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